segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Da liberdade de uma nova história.


2011 foi um ano intenso, começou muito bem, com várias idéias borbulhando na minha cabeça... Mas já no segundo mês eu tomei um baque, do tipo que te faz cair, que te faz perder um pouco de fé nas pessoas que você acreditou um dia e que, enfim, te faz crescer de uma forma danada, porque né... No final das contas, a gente precisa levar uns tombos pra "levantar, sacodir a poeira e dar a volta por cima". Eu ainda não sabia, mas a decisão que eu tomaria depois da decepção tornaria 2011 um ano importante e especial.

Mudar a postura, cortar laços, redefinir o foco, tudo isso fez com que eu crescesse. Passei a me dedicar intensamente ao trabalho, me fiz mais presente, fiz o que pude para valorizar a equipe sensacional que tenho, passei a ouvir o lado deles como nunca, criamos e reinventamos. Não cresci apenas profissionalmente. Cresci muito como esposa: se eu dizia para meu marido que o amava uma vez por dia, comecei a dizer isso todas as vezes que tinha oportunidade e de todos os jeitos possíveis, percebi que vale muito mais a pena mostrar o sentimento em pequenos detalhes, porque no final do dia é isso que basta. Cresci como filha, acho que nunca havia tido tantas conversas sentidas e bacanas com meus pais, as duas pessoas mais incríveis que conheço. Cresci como irmã, porque mesmo que eu seja a mais velha, os mais novos sempre tem alguma coisa pra ensinar e, quase sempre, de uma forma inusitada. No final do ano tive um presente fantástico: família toda junta e, ah, com presença da mais nova integrante do clã: cunhadinha querida. Aí eu vejo que estou ficando velha, meu irmão com namorada, minha irmã gatíssima e o caçula maior do que eu.

Mais importante que tudo isso: cresci como mulher. E digo isso não apenas por eu ter passado a usar salto alto, maquiagem e a fazer academia, mas sim por ter me deixado perceber o que tenho de bom na vida. E que tudo que tenho e sou é dEle. Sim, do meu Criador. Admitir isso, admitir que sou dependente dEle me fez uma mulher mais independente. Estranho, né? Mas é que ao assumir que tudo está no controle de Deus, passei a não depender de situações externas para ser feliz e plena. Tenho uma família bendita, um trabalho que abençoa inúmeras pessoas pelo Brasil e pelo mundo, tenho amigos mais chegados que irmãos, tenho um sorriso largo e um riso alto, tenho meus livros, minha escrita, minha voz, tenho DEUS em mim.


PS: 2012, o ano da nova história.

PSII: antes tarde do que nunca, essa foi uma retrospectiva bem atrasada de 2011, mas vale... já que é sentida :)

***

"Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós. Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos; levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo..."
(2 Coríntios 4.5-10 )