segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Sobre ser forte quando estou fraca...

Em 2012  aprendi que não sou tão feliz e plena quanto julgava ser, mas descobri, também, ser mais forte do que pensava. Entendi que não importa quanto eu confie ou ache que conheço alguém, sempre serei surpreendida negativamente enquanto criar expectativas. Experimentei uma dor emocional virar física, chorei calada, engoli sapos, desvendei mentiras, vi que não existem coincidências, emagreci muito em pouco tempo...

No meio de todo esse vendaval, fiz coisas incríveis. Conheci um país diferente, minha paleta de cores e sabores aumentou consideravelmente. Fui feliz em Nova Iorque, feliz demais. A cidade que não para estará sempre guardada no meu coração, foi lá que comecei a levar a  sério o conselho que sempre dava para amigos: viver uma hora de cada vez. Só assim eu consegui superar. E ainda estou superando. Porque, no final do dia, a vida é isso: superação em todo tempo.


" 'É perigoso sair porta afora, Frodo', Bilbo costumava dizer. 'Você pisa na Estrada, e, se não controlar seus pés, não há como saber até onde você pode ser levado' "
Viajei mais do que qualquer outro ano e entendi que novos ares são necessários, saí do casulo e isso doeu no começo, mas depois se tornou prazeroso. Rio de Janeiro, Campos do Jordão, Nova Iorque, Belém e Ubatuba: limites quebrados, sonhos realizados e um gostinho de quero mais. 

2012, obrigada por me lembrar que minha família é meu bem maior, obrigada por me fazer acreditar mais em mim, obrigada pelas lutas, só com elas pude ter vitórias. Eu estava errada sobre você. Seus tapas na cara me fizeram crescer muito, me ensinaram muito. O saldo é positivo, sempre!

Deus, obrigada. Por ser e estar para mim e comigo em todo tempo.

Vem que vem, 2013!






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"Tinha se acostumado tanto a esperar só coisas esquisitas acontecerem que lhe parecia muito sem graça e maçante que a vida seguisse de maneira habitual"
(Lewis Carrol)

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Da gratidão

Meu momento de gratidão plena mais recente aconteceu enquanto eu via um quadro pintado por Deus. Sim, porque Ele pintou um lindo pôr do sol no céu para mim e conforme a luz do sol ia baixando, as cores iam ficando cada vez mais intensas. Naquele momento, eu esqueci os problemas que me entristeceram nesse ano, naquele momento eu não lembrava daquela pessoa irritante, não lembrava do porquê de algumas lágrimas, naquele momento eu estava feliz, estava exatamente onde deveria estar. Eu, tão pequena, perto de um cuidado tão imenso dEle por mim, de uma forma tão singela.

Quase sempre a gente precisa de muito pouco pra ser feliz. Naquele dia, eu só precisei de um pôr do sol. No outro, eu precisei boiar numa água azul e linda. Ontem eu precisei só de um carinho. Hoje, eu precisei só de um sorriso. E assim a gente leva, a cada dia basta seu bem, também. Um pôr do sol, um sorriso, um chocolate, um girassol, um beijo roubado, um abraço apertado. As pequenas coisas, os pequenos detalhes, o que não tem preço.

Por tudo isso, eu agradeço.

Você já agradeceu hoje?



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“Love's like a hurricane, I am a tree
Bending beneath the weight of His wind and mercy
When all of a sudden, I am unaware of these afflictions eclipsed by glory
and I realize just how beautiful You are and how great your affections are for me.
Oh, how He loves us so” (
How He loves - John Mark McMillan)

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

"Meet me in Montauk..."


Amar é poder se sentir vulnerável sem ter medo. É ter a certeza que você não precisa mais provar pro mundo que "dá conta do recado", é não precisar mais mostrar que é forte mesmo com todos os tapas na cara que a vida te dá. É gritar com um olhar, é olhar e dizer tudo o que coração quer. É falar com razão, sem deixar a emoção do começo.
É ficar sem chão sabendo que estar nas alturas é ainda melhor, é estar sem limite, é perder os limites. É poder chorar sabendo que tem um ombro amigo. É repreender sem pudor, é não ter pudores, é não ter medo e, ao mesmo tempo, assumir que morre de medo. Medo do escuro, do desconhecido, medo de perder, de arriscar demais ou de menos, de ficar sempre no mesmo lugar e medo de mudar.

Amor maduro é não deixar de ser criança. É escolher o outro de novo, todo dia, apesar de.


É estar exatamente onde queria estar.