sexta-feira, 4 de março de 2011

(Minha) Versão Final.

Eu sempre falei que não queria ser igual o Rei Roberto Carlos e ter um milhão de amigos, eu sempre preferi cultivar boas amizades. Nunca fui o tipo de garota que gosta de ser assunto, quero passar despercebida, uma amiga costumava dizer que eu era ostra e que só poucos conheciam, de fato, a pérola que existia dentro desse meu lado ostra, ela ainda dizia que eu vivia numa bolha, eu observava, conhecia gente, ouvia gente, mas nunca falava de mim. E, ao contrário do que possa parecer, isso sempre foi algo de que me orgulhei.

Só que ninguém é de ferro, e, vez em quando, eu queria ser ouvida e não só ouvir todos os problemas do mundo e, deixa eu contar, eram poucas vezes mesmo. Mas as pessoas tem a tendência de só querer falar, de não se importar se a sempre boa ouvinte quer dividir alguma coisa. E eu me fecho cada vez mais. E, agora, não me arrependo. Por mais que seja dolorido não poder compartilhar pequenos atos e fatos, eu aprendi a contar com quem realmente posso, com realmente bem me quer. Com quem vai pensar em mim antes de falar qualquer coisa, seja por bem, seja por mal. Com quem me conhece plena e sinceramente.


Crescer dói. "Se o que eu sou é também o que eu escolhi ser, aceito a condição", essa sempre será a frase que me define. A vida é feita de escolhas, fiz as minhas, arco com as conseqüências. E essa é versão final da minha própria história e da nova fase que vou viver. Com quem se interessa por mim, com quem me faz bem, com Deus e para Ele.

FIM.

6 comentários:

Flávia disse...

Acho que lembro quem fez esse comentário.

Sara disse...

Eu lembro o dia, a roupa, o local e a ocasião.

J.Stefano ƸӜƷ disse...

1 - Sorte de quem teve o privilégio de ao menos uma única vez, que seja, ter visto essa pérola, mesmo que seja pra nunca mais.
2 - Crescer dói mesmo, mas trás amadurecimento necessário.
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o maior destes é o Amor.
(1Co 13)

Carlos Plaza disse...

Estou feliz em poder ter o brilho profundo dessa pérola em minha vida. Uma irmã que recebi de presente de Deus. Aliás, entre as conchas de uma ostra ou no meio do jardim bagunçado pelo vento, não sei o que fiz para merecer amigas tão reluzentes e presentes, juntas, nos meus sonhos que tenho de olhos abertos, no meu futuro real.

Sara, que você nunca seja de ferro, seja sempre de barro para poder ser quebrada e feita novamente nas mãos do Oleiro.

"Como Tu queres, Senhor amado.
Tu és o oleiro e eu o vaso, quebra minha vida e faça de novo.
Eu quero ser, eu quero ser um vaso novo."

Acredito que essas palavras também são suas, assim como minhas. Permita sempre ter, ainda que final, uma outra versão, e outra, e outra, e outra, e outra, e outra...

Júlio disse...

Oi Sara,
(Primeiramente)Recentemente (pouco menos de um mês) eu me rendi e fiz uma conta no Orkut, e no meu perfil eu coloquei uma passagem de I Co 13:11-12. Quando eu li seu texto eu lembrei dessa passagem (e ia comentar sobre ela), e foi justamente o comentário que J.Stefano fez.

Não sei não, mas acho esse post uma poco apocaliptico (tomara que não).

Sobre "crescer dói", Renato Russo falava que só foi feliz na infancia... acho que isso também se aplica a muita gente, e se a gente não se apegar a uma coisa muito grande a gente se abate. As vezes é de lágrima que a gente faz um mar pra navegar.

Um abraço

Sara disse...

Júlio,
Não é um post apocalíptico!
E você quando volta a escrever?
Esse versículo que a Jacqueline colocou é realmente impactante. Deus sabe o que faz!
Beijos