quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Ruas que se cruzam, vidas que se encontram...

E foi naquele instante que tudo mudou...

No cruzamento de uma rua e uma avenida qualquer, um esbarrão mudou o rumo de duas vidas.
- "Desculpa, foi sem querer... hã, perdão..."
- "Tudo bem, tudo bem. Era só o trabalho de uma semana inteira de madrugadas sem dormir.
Imagine, vai ser fácil, super fácil fazer tudo isso de novo. Meu Deus!"
- "É, desculpa moça. Eu, eu... é... não sei nem o quê dizer"
- "Calma, moço. Fique tranquilo, você só acaba de destruir minha vida e meu dia, nada que eu não resolva na próxima semana"
E foi depois dessa 'educada' frase que eles se ergueram e seus olhos se viram pela primeira vez. Mas, na verdade, não parecia a primeira. Ela já conhecia aquele olhar triste de algum lugar (quem sabe dos sonhos) e ele já tinha visto um olhar desconcertante igual ao dela.
Sorriram.
- "Qual é o seu nome?".
Ambos perguntaram. Mais sorrisos.
- "Sofia"
- "Pedro"
Eles não sabiam mas, de alguma forma, a vida deles jamais seria a mesma.
O semáforo parecia não abrir nunca e, pela primeira vez, isso foi uma glória. Aqueles foram os minutos mais felizes que os dois tiveram nos últimos anos (quiçá os minutos mais belos da vida inteira).
Os olhares eram tão intensos, as palavras eram tão puras e o aperto de mão de "adeus, foi um prazer" foi o mais sentido possível.
A rotina se repetiu durante vários meses (agora, sem esbarrões) e eles sempre faziam questão de se encontrar no mesmo cruzamento (menos às quartas, folga de Pedro). Valorizavam aqueles minutos do semáforo como nunca.
Até que um dia (e que belo dia) ele a convidou para sair. Nem Sofia sabe ao certo como isso aconteceu, mas a resposta foi imediata. "Sim". Parecia até que ela esperava por esse momento há séculos.
O primeiro encontro foi simples. Um cinema. No filme, uma frase que ficaria no pensamento dela para sempre. "Nunca houve corações tão abertos, gostos tão parecidos, sentimentos tão afinados...".
Depois dessa noite, a vida deles estaria ligada de uma forma mais intensa. Como um pacto. Um do lado do outro. Pra tudo. Sempre e pra sempre.
E os encontros no semáforo nunca acabaram, só que agora eles iam juntos até lá e tinham o mesmo destino.
Afinal, Sofia e Pedro sempre se pertenceram. Só não sabiam disso.

PS: Hello, stranger! ;)

3 comentários:

Anônimo disse...

Puxa! Você reduziu uma novela, um filme, em poucos parágrafos! :))

Mas, mesmo assim, a história é linda! :))

Beijinhos, querida

Anônimo disse...

sarinha, tem um desafio para voce no meu blog.

beijinhos

Carlos Plaza disse...

Isso pode virar um longa! Como sempre, muito bom. Parabéns