terça-feira, 3 de março de 2009

Confissões - parte 3


De como nos conquistamos...

Eu, definitivamente, não queria me envolver. Nem com ele ou com qualquer outro alguém (pelo menos, não tão cedo). A história dele também não era lá das mais simples, afinal ele era muito intenso e emendava um relacionamento-tenso atrás do outro, ele tinha pressa, a pressa de quem quer amar e ser amado, mesmo que não dê certo. Minha história não era menos ou mais in-tensa que a dele, mas era tão bela e sentida-sincera quanto, nós éramos distintos, opostos, dispostos, tão-não iguais, não-tão diferentes e por aí vai, coisas da vida...

Eu era uma menina bobinha que nunca tinha namorado ninguém antes, mas não era por isso que eu não sabia o que era o amor, o que era olhar para alguém e sentir atração. Eu apenas não queria quebrar a cara, não naquela época, não com meu melhor amigo, não com ele. Mas as histórias dele me cativavam, o olhar bobo-belo e o par de esmeralda que ele tem como olhos me deixavam louca. Ele era mesmo um cara especial, cheio de segredos, cheio de charme (um quê irresistível de timidez misturado com sinceridade extrema: daquela que te faz tremer nas bases, verdade latente, pulsante e extrema, cara-a-cara, ou é ou não é).

Ele me conquistou lá. Lá naquela época. E eu o conquistei. O conquistei exatamente do jeito que sou. Somos um para o outro imperfeitos mesmo. Não queremos ser a princesa e o príncipe dos livros bonitos fantasiosos que existem... Queremos ser assim mesmo. Intensos, sinceros, duas crianças, dois adultos, duas pessoas que se amam, que se merecem e por aí vai.

Desde o primeiro encontro, muita coisa já mudou. Desde o primeiro beijo, tudo mudou. Eu não tenho mais medo de me entregar a ele, mas, admito, sinto borboletas no estômago sempre que ele chega depois de três dias de viagem em casa. Desde a primeira briga, muito aconteceu. Nós choramos, nós, discutimos, nós nos amamos, nos reconhecemos em meio a palavras ao pé do ouvido, nós nos entregamos de corpo, alma, unha e carne um ao outro. Desde a primeira noite juntos, desde o dia em que disse sim para ele, desde o dia em que nos entrelaçamos e nos amarramos definitivamente, tudo aconteceu. Hoje ele me conquista diariamente, não é um conto de fadas, sei disso. Não é o que pensei, não é o que sonhei... é mais, muito mais. Mais do que pedi, sonhei e almejei. Somos e estamos. E não basta... queremos e (nos) conquistaremos sempre mais.

***

E é sempre melhor o impreciso que embala do que o certo que basta, Porque o que basta acaba onde basta, e onde acaba não basta, E nada que se pareça com isto devia ser o sentido da vida...
(Fernando Pessoa)

***

Na foto: Olhares. Ele bobo e eu babona, rs. No nosso dia, grande dia.

6 comentários:

Bianca disse...

Tô pra conhecer alguém que descreva o amor como você!
Admiro, simplesmente, admiração pura! ;)
Amo você, Sarinha!
Tu arrebenta!
"Poderia ter o dom de anunciar mensagens de Deus, ter todo o conhecimento, entender todos os segredos e ter tanta fé, que até poderia tirar as montanhas do seu lugar, mas, se não tivesse amor, eu não seria nada." - 1Coríntios 13.2 (NTLH)

Carlos Plaza disse...

Ele ficou com essa cara depois de tomar a Coca-cola.

Sara disse...

Carlos! Seu bobo!
Quero ver quando for sua vez, hauhuahuahauahuaha! Vou te zuar muito.
Beijos, irmão!

Be Lins disse...

Sara,
que prazer causa á alma,
ler o Amor dando certo.

Certamente os Deuses
que abençoam as pessoas com o
Amor, estão felizes com vocês.

Obrigada
por vir me visitar,
é sempre um prazer ler você:
aqui e lá.

Beijos.

Fernanda disse...

Sara,
Não conheço quase nada das suas histórias, mas com esses fragmentos tão lindos que você me dá o prazer de ler e compartilhar, já posso garantir que você deveria escrever um livro com elas...
...Antes de um roteiro de teledramaturgia, é claro! :)
Um beijo especial!

Anônimo disse...

Céus! Parece a daminha de honra e o noivinho! :))

Muito novinhos! Lindos!