Edredon. Iogurte grego com nutella. Calvin e Haroldo. Essas eram minhas companhias no sábado de manhã. O sol estava quente lá fora, mas um possível resfriado começava a aparecer e o frio era maior que tudo.
No celular, a mensagem da paulista-carioca, minha gêmea invertida*: veio do Rio pra Sampa e o almoço estava reservado pra mim. O projeto dos sábados sabáticos voltava a ativa.
Combinamos de nos encontrar na estação Consolação e depois de muito "sobe e desce" de escada, conseguimos nos achar.
A única parada do dia foi um passeio de gordinha: Tubaína Bar. Meu lugar preferido de São Paulo, o bar fica na Augusta, vende todas as tubaínas do mundo e tem coxinha de feijão. Um lugar que a coxinha é feita de massa de feijão e tem recheio de bacon não pode ser ruim. Sempre falo do Tubaína para todo mundo e já levei marido, amigos da faculdade, melhor amiga, mãe e irmãos. Além dos refrigerantes com sabor de infância e da coxinha de feijão, o cebiche de lá (feito com Sain Peter) é muito gostoso e pra mim tem um quê de "comfort food", já que uma amiga peruana fazia os quitutes de seu país para meus irmāos e eu quando éramos menores.
O queijo coalho com mel de engenho é uma boa pedida também e me lembra as férias passadas em Arcoverde, sertão de Pernambuco. Pena que Veronica e eu não fomos tão gordinhas assim pra pedir a porção. Pra finalizar, o melhor bolo que já comi: macio, com calda quente de chocolate e raspas de cenoura em cima. Ah, devidamente acompanhado por uma café passado na hora e com gostinho de café da tarde de casa de mãe. É impossível não ser feliz numa cidade que te oferece tantos pequenos e deliciosos prazeres. E estar com uma das pessoas mais engraçadas que já conheci, faz o passeio ficar ainda melhor :)
Como o bar fica pertinho da Paulista, depois andamos pela avenida que mais tem a cara de São Paulo, conversando sobre o passado, rindo do nosso presente e sonhando sobre o futuro, mas sem muitos planos, porque no fundo gostamos de nos surpreender com o mundo ao nosso redor. A melhor coisa de ter uma amiga como Veronica é aprender sem julgar, ensinar sem ser julgada. As diferenças nos formam, nos fazem mais plenas, mais verdadeiras e, sempre, mais felizes.
*Veronica é minha gêmea invertida de estado, ela nasceu em SP e foi criada no RJ e eu nasci no RJ e criada aqui. Temos crises existenciais parecidas, TPMs alucinantes, gostamos de tortuguitas, temos biquínis iguais, temos muuuuitos irmãos (ela tem bem mais que eu), somos jornalistas que trabalham como produtoras e amamos televisão e, ah, somos perdidas e desastradas... isso explica como nos perdemos sempre nos metrôs da vida.
domingo, 3 de março de 2013
Das paulistas-cariocas
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