quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Confissões


Mais uma versão do encontro

Era noite. E já era bem tarde. Depois de um cinema, as conversas deram espaço a sorrisos, risadas, olhares e confissões. Dois seres humanos pateticamente sozinhos, bom amigos e grandes companheiros perceberam que, enfim, o que todos diziam poderiam sim ter um tanto de verdade. Mas quem daria o primeiro passo? Ele já havia declarado há tempos: não sabia tomar iniciativa. Ela nem sabia como começar algo assim. Era bom, então, as coisas acontecerem naturalmente. Clichê básico e extremo. Mas era assim que tinha que ser. E foi.

Depois de três horas ou mais de "blá, blá, blá", mãos entrelaçadas, olhares que se perdiam e se (re)encontravam a todo instante, sorrisos bobos (antes bobos e sem-graça, naquele momento bobos e apaixonados), a frase, enfim, saiu. Ele já não queria ser assim-assim apenas amigo, queria mais. Ela tinha medo, triste que era, tinha medo de sair da comodidade de sua solidão e investir em algo novo, que sim poderia ser bonito, mas ainda era novo e ela teme novidades...

Depois do tal pedido (que nem foi tão direto e sim algo mais ou menos assim: "se eu te pedir pra namorar comigo?"), ela pede um tempo. Pra pensar, pra rever conceitos, pra perder o medo, pra (re)pensar, pra ter certeza. Ele diz que espera por ela o tempo que for preciso. Daí já é possível imaginar. Mas, para aqueles que ainda não dão espaço aos sonhos, eu explico: uma semana depois, ela diz sim. Sim para o amor que cresceria, sim para as alegrias que compartilhariam, sim para a vida que ela sempre sonhou ter e que não pensava conseguir tão cedo, sim para as tristezas e vitórias do caminho que juntos trilhariam...

Dois anos depois, dois dias dos namorados juntos, dois aniversários dele, dois dela, um cachorrinho que já é quase um filhinho, planos que não são mais dele ou dela e sim dos dois juntinhos, idéias que os fazem perder o chão, abraços arrebatadores e beijos que selam um só amor, eles se preparam para tomar um passo maior...

(Continua...)

PS: Porque ele me faz bem, tão bem...

***

"Eu encontrei quando não quis mais procurar o meu amor..."

***

Originalmente postado aqui...

5 comentários:

Andre Martin disse...

Ahá! Este começo eu reconheço! Motivo de um temporário bloqueio lógico de minha parte! hahaha

Sara, demorei a vir com calma aqui. Agora que vim, andei comentando aí nos seus post para trás.

Obrigado por sua presença sempre por perto!

Janaína S. disse...

'eles se preparam para tomar um passo maior...'


Boa sorte!
Que os passos sejam sempre maiores, dia-a-dia!

e o amanhã cuidará do dia de amanhã né?! :D

Andre Martin disse...

Vi seu comentário lá no meu blog. Puxa! Sinto-me lisonjeado! Apesar do problema e risco de travamento, você entra lá só para ver e comentar. Muito chique! rsrs

Você deve estar usando a versão mais nova do IE, a 7 ou superior. DICA: use e fique com a versao IE 6.0 - esta é muito mais estável, não deve travar seu PC; se travar, seu Windows está inconsistente, perdeu algum arquivo sistêmico ou está adulterado (ou é bug do IE7).

Jaqueline Lima disse...

Que história linda. a minha é relativamente parecida. tenuamente apaixonante. primeiro amor. alguns anos de distância e volta triunfante. o passo maior deixo pra daqui um tempo.
mas boa sorte na sua certeza. que é certa...

Beijos!

p.s:volte sempre qui quiser no contos em alto e bom som, embora ele esteja numa fase melancolica, por fatos e acasos...

Beijo!

Nathy Conovalow disse...

Lindo texto... e claro a história também viu... com certeza é bom achar aquele que te completa e te pertence... e logo mais quem sabe uso esse trechinho que adoro "Eu encontrei quando não quis mais procurar o meu amor..."... rs
Beijos, Beijos!